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sábado, 10 de maio de 2014

é como criar a coragem de sentar e escrever no blog que faz meses que você num atualiza.

escutar uma música pela primeira vez, gostar minimamente dela e assumí-la como um novo hit do meu gosto musical é dificílimo pra mim... sempre tem lá um fundinho de preconceitos.
eu tenho essa grande mania do pé atrás, e olha que eu sinto na pele que isso mais me trás retrocessos que alguma espécie de evolução.
é como começar algo do zero, é como perdoar alguém que te magoou mas com medo de sentar de novo na casca de banana (não se desprendeu absolutamente dos medos).
como tomar a iniciativa de cumprimentar alguém que te olha e que tem forte tendência desta pessoa ter se esquecido de você. trocar o pedido daquele lanche que você ama (tipo um x-filé do marquinho) com a quase certeza absoluta que vai quebrar a cara porque o novo jamais chegará aos pés daquele que você costuma pedir.

obviamente que se vamos presos aos velhos hábitos, vislumbrar algo diferente pode ser um martírio, fracasso na certa; mas despegar-se do sabor antigo somente pra dar uma experimentadinha num novo que poderá trazer uma confusão boa nos teus sentidos pode consistir, muitas vezes, num acerto! e aqui não falo metaforicamente, mas nua e cruamente!

porque quando a música bate com teu santo, puxa vida! a paixão que nasce é instantânea, prazerosa, parece que antes você jamais experimentou sensação boa assim. a letra toca lá no fundo, o vocal te causa tremor, a melodia te leva no auge. é mágico!
e não preciso dizer que se você não tivesse ousado, jamais sentiria essa forte pulsação dos teus sentidos.

não vou sugerir pra mim mesma experimentar o novo. não, porque eu sei que a sensação sempre será a mesma. apesar de viver continuamente a experiência de um novo, muitas vezes, extraordinário, o velho sempre me puxará para o chão; esse é meu jeito de ser e de funcionar frente as coisas. repetindo, repetindo, exatamente porque o novo sempre estará rondando pra ver se eu me rendo, se mudo o meu olhar pra outra direção.

a única certeza é que o caminho sempre será incerto por mais certo que pareça!



Um comentário:

  1. Gostei de tanta coisa no seu texo que nem sei o que comentar. A espécie de (em) evolução foi genial. Gostei tanto que vou precisar ler de novo pra prestar menos atenção nessa parte na próxima. Mas e aí, que música é essa santa???

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